História:
Há muita desinformação na mídia sobre a história do Tibete, pois, um dos projetos mais caros dos chineses é a reformulação da história de sua relação com o Tibete, de forma que a autonomia que o Tibete gozou por séculos seja desfigurada e mesmo falsificada. Assim, é preciso cuidar bem das fontes que lemos e citamos.
Os tibetanos chamam sua terra de བོད་, Bod (transliterado como Bhö): “Terra da Neve”. Os primeiros europeus a chegar no Teto do Mundo foram os portugueses. A primeira visita documentada ao Tibete foi a de dois missionários jesuítas, António de Andrade e Manuel Marques, em 1624. Em 1627, outra missão portuguesa foi despachada para o Tibete da Índia, liderada pelos também missionários cristãos João Cabral e Estêvão Cacella que estabeleceram uma missão em Shigatse in 1628, com o consentimento do então Panchen Lama. Por causa de sua altitude e localização, foram raros os visitantes que chegaram ao topo do Himalaia e o Tibete viveu praticamente isolado por quase toda a sua história até a II Guerra Mundial quando os ingleses, que ocupavam a Índia, enviaram missões e, ao modo sempre dos europeus, tentou invadir e ocupar militarmente o Tibete. Os próprios chineses sempre se mantiveram longe do plateau tibetano porque o ar altamente fino das altíssimas montanhas dificulta imensamente a sobrevivência de “outsiders”.
Até a II Guerra, o Tibete existia no imaginário europeu como a terra encantada e paradisíaca de Shagri-la. Por ocasião da invasão chinesa, o alpinista austríaco Heinrich Harrer (1912-2006) se encontrava no Tibete e escreveu o aclamado Sete anos no Tibete (1952) que foi transformado em filme em 1997 pelo diretor Jean-Jacques Annaud.
Até a invasão e ocupação chinesa o Tibete desfrutava de uma cultura riquíssima e exótica fundada na procura e manutenção da paz interior e entre seus habitantes e, se bem que seus bens materiais eram escassos e seu governo um tipo bizarro (do ponto de vista ocidental) de teocracia (lamaísta) o povo era feliz e sabia que era feliz. Era feliz porque não acreditavam, como budistas, que a vida fenomenal é outra senão sofrimento, conforme a Primeira Nobre verdade de Buda explicitou. A palavra tibetana para corpo é lü que significa “algo que é deixado para trás”, assim, os tibetanos não se interessaram em tornar mais confortáveis as condições externas de suas vidas, contentando-se em ter alimento, agasalho e teto. Seu estilo de vida simples e rústico é mérito e não demérito. Não deviam a ninguém e nem dependiam de ninguém. Não foram causa das devastações ambientais e desequilíbrio ecológico e egológico que o consumismo desenfreado que caracteriza nossa cultura capitalista e ameaça nosso planeta de extinção.
Os tibetanos chamam sua terra de བོད་, Bod (transliterado como Bhö): “Terra da Neve”. Os primeiros europeus a chegar no Teto do Mundo foram os portugueses. A primeira visita documentada ao Tibete foi a de dois missionários jesuítas, António de Andrade e Manuel Marques, em 1624. Em 1627, outra missão portuguesa foi despachada para o Tibete da Índia, liderada pelos também missionários cristãos João Cabral e Estêvão Cacella que estabeleceram uma missão em Shigatse in 1628, com o consentimento do então Panchen Lama. Por causa de sua altitude e localização, foram raros os visitantes que chegaram ao topo do Himalaia e o Tibete viveu praticamente isolado por quase toda a sua história até a II Guerra Mundial quando os ingleses, que ocupavam a Índia, enviaram missões e, ao modo sempre dos europeus, tentou invadir e ocupar militarmente o Tibete. Os próprios chineses sempre se mantiveram longe do plateau tibetano porque o ar altamente fino das altíssimas montanhas dificulta imensamente a sobrevivência de “outsiders”.
Até a II Guerra, o Tibete existia no imaginário europeu como a terra encantada e paradisíaca de Shagri-la. Por ocasião da invasão chinesa, o alpinista austríaco Heinrich Harrer (1912-2006) se encontrava no Tibete e escreveu o aclamado Sete anos no Tibete (1952) que foi transformado em filme em 1997 pelo diretor Jean-Jacques Annaud.
Até a invasão e ocupação chinesa o Tibete desfrutava de uma cultura riquíssima e exótica fundada na procura e manutenção da paz interior e entre seus habitantes e, se bem que seus bens materiais eram escassos e seu governo um tipo bizarro (do ponto de vista ocidental) de teocracia (lamaísta) o povo era feliz e sabia que era feliz. Era feliz porque não acreditavam, como budistas, que a vida fenomenal é outra senão sofrimento, conforme a Primeira Nobre verdade de Buda explicitou. A palavra tibetana para corpo é lü que significa “algo que é deixado para trás”, assim, os tibetanos não se interessaram em tornar mais confortáveis as condições externas de suas vidas, contentando-se em ter alimento, agasalho e teto. Seu estilo de vida simples e rústico é mérito e não demérito. Não deviam a ninguém e nem dependiam de ninguém. Não foram causa das devastações ambientais e desequilíbrio ecológico e egológico que o consumismo desenfreado que caracteriza nossa cultura capitalista e ameaça nosso planeta de extinção.
- A invasão da China
- O Governo do Tibete durante a ocupação Chinesa
- O governo do Tibete durante a ocupação chinesa:
Uma cultura de e para a paz
O Tibete é um dos acervos culturais maiores do mundo. Sua arte é sagra, mas não é preciso apreciar o budismo praticado pelos lamas e/ou xamanismo Bon das tribos nômades para captar os feitos estéticos extraordinários da Arte do Tibete. A pintura, o desenho em várias texturas e materiais como areia (mandalas), danças, teatro, poesia, música, escultura, máscaras, arquitetura exótica, poesia, são monumentos preciosos da humanidade e são campos de pesquisas riquíssimos. Sua destruição pelos chineses é um crime hediondo. O Governo do exílio procura manter a identidade cultural tibetana através de várias iniciativas como a criação do TIPA: Instituto Tibetano de Artes Performáticas.
O Tibete é riquíssimo em artes performáticas: vários tipos de óperas e operetas, musicais, teatro de sombras, fantoches, de máscaras de uma variedade e complexidade estética impressionante! Muitas dessas formas, hoje em dia, são passadas como “chinesas”, como os espetáculos apresentados na Casa de Ópera de Sichuan (Tibete Ocupado)...
Tibet: A Cry of the Snow Lion (2004)
Kundun (“Sua Santidade,” Martin Scorcese, 1997)
Asoka (Santosh Sivan, 2001)
The Cup (A copa, 1999)
Words of my perfect Teacher (2003)
Dreaming Lhasa (Ritu Sarin & Tenzing Sonam)
Unmistaken Child (Um menino certo, 2008)
Adeus, Tibete (Maria Blumencron, 2010)
Tibete: Fé e conflito (2012), Cynthia Marcucci
Why the Dalai Lama Matters (2011), Robert Thurman
O primeiro português no Tibete (2011), Hélder Tricheiras
Os latino-americanos e o Tibete (2011), Aloma Sellanes Zibechi
Pelos caminhos do Tibete: Revelações na terra do Dalai Lama (2001), Airton Ortiz
Viagem ao Tecto do Mundo: O Tibete Proibido (2010), Joaquim Magalhães de Castro
Brumas do Tibete (2009), Aldo Pereira (Publifolha)
Dalai Lama sua vida: seu povo e sua visão (2002), Gil Farrer-Halls
Liberdade para o Tibete (2008), Dalai Lama
Minha terra e meu povo (2001), Dalai Lama
chá de manteiga (é isso mesmo!) é a bebida nacional do povo. Chá de manteiga é feito de manteiga (claro!) de leite de yak, ervas e água quente. Mais sobre culinária tibetana aqui. Há poucas receitas disponíveis em português da culinária tibetana tradicional: aqui.
Cresce no Brasil o interesse pela cultura e pela religiosidade tibetana, principalmente o budismo vajrayana, mas não cresce no Brasil o interesse em defender a autonomia do Tibete. Nosso governo democrático para nossa vergonha e mancha histórica silencia diante das atrocidades cometidas pelo governo China contra o povo soberano do Tibete. Tanto Lula quanto Dilma jamais emitiu a mais mínima crítica à China. Em sua última visita à Índia onde se reuniu com os Cinco Emergentes, houve muitos protestos devido a ferocidade inigualável do presente governo chinês. Dilma declarou que não era de sua competência os “problemas internos” da China...Ou seja, a presidente do Brasil considera o Tibete interno e, portanto, sem liberdade? O Brasil se recusa a denunciar e mesmo comentar os abusos aos direitos humanos no Tibete quer considere o Tibete interno ou não? E o que sobre o sofrimento imenso e a opressão dos próprios trabalhadores chineses? O PT nada tem a dizer sobre os trabalhadores exploradores no mundo?
A Frente Parlamentar Amigos do Tibete: criada pelo Deputado Walter Feldman, em junho de 2012. A Frente congrega parlamentares de vários partidos numa tentativa de peticionar nosso governo a exercer algum tipo de pressão sobre a China para pelo menos dialogar com o Governo do Exílio.
Em Natal, RN, há pelo menos dois grupos de prática vajrayana: o Ieshe e uma comunidade CEBB.
O Tibete é riquíssimo em artes performáticas: vários tipos de óperas e operetas, musicais, teatro de sombras, fantoches, de máscaras de uma variedade e complexidade estética impressionante! Muitas dessas formas, hoje em dia, são passadas como “chinesas”, como os espetáculos apresentados na Casa de Ópera de Sichuan (Tibete Ocupado)...
- Filmes sobre o Tibete:
Tibet: A Cry of the Snow Lion (2004)
Kundun (“Sua Santidade,” Martin Scorcese, 1997)
Asoka (Santosh Sivan, 2001)
The Cup (A copa, 1999)
Words of my perfect Teacher (2003)
Dreaming Lhasa (Ritu Sarin & Tenzing Sonam)
Unmistaken Child (Um menino certo, 2008)
Adeus, Tibete (Maria Blumencron, 2010)
- Música:
- Livros em português:
Tibete: Fé e conflito (2012), Cynthia Marcucci
Why the Dalai Lama Matters (2011), Robert Thurman
O primeiro português no Tibete (2011), Hélder Tricheiras
Os latino-americanos e o Tibete (2011), Aloma Sellanes Zibechi
Pelos caminhos do Tibete: Revelações na terra do Dalai Lama (2001), Airton Ortiz
Viagem ao Tecto do Mundo: O Tibete Proibido (2010), Joaquim Magalhães de Castro
Brumas do Tibete (2009), Aldo Pereira (Publifolha)
Dalai Lama sua vida: seu povo e sua visão (2002), Gil Farrer-Halls
Liberdade para o Tibete (2008), Dalai Lama
Minha terra e meu povo (2001), Dalai Lama
- Língua
- Crenças e costumes
- Culinária
chá de manteiga (é isso mesmo!) é a bebida nacional do povo. Chá de manteiga é feito de manteiga (claro!) de leite de yak, ervas e água quente. Mais sobre culinária tibetana aqui. Há poucas receitas disponíveis em português da culinária tibetana tradicional: aqui.
- Tradições e festivais
- Tibete & Brasil
Cresce no Brasil o interesse pela cultura e pela religiosidade tibetana, principalmente o budismo vajrayana, mas não cresce no Brasil o interesse em defender a autonomia do Tibete. Nosso governo democrático para nossa vergonha e mancha histórica silencia diante das atrocidades cometidas pelo governo China contra o povo soberano do Tibete. Tanto Lula quanto Dilma jamais emitiu a mais mínima crítica à China. Em sua última visita à Índia onde se reuniu com os Cinco Emergentes, houve muitos protestos devido a ferocidade inigualável do presente governo chinês. Dilma declarou que não era de sua competência os “problemas internos” da China...Ou seja, a presidente do Brasil considera o Tibete interno e, portanto, sem liberdade? O Brasil se recusa a denunciar e mesmo comentar os abusos aos direitos humanos no Tibete quer considere o Tibete interno ou não? E o que sobre o sofrimento imenso e a opressão dos próprios trabalhadores chineses? O PT nada tem a dizer sobre os trabalhadores exploradores no mundo?
A Frente Parlamentar Amigos do Tibete: criada pelo Deputado Walter Feldman, em junho de 2012. A Frente congrega parlamentares de vários partidos numa tentativa de peticionar nosso governo a exercer algum tipo de pressão sobre a China para pelo menos dialogar com o Governo do Exílio.
- Budismo tibetano no Brasil
- CEBB
Em Natal, RN, há pelo menos dois grupos de prática vajrayana: o Ieshe e uma comunidade CEBB.
- Tiebte e cultura brasileira
Dados importantes:
Território: 2.5 milhões m2
Capital: Lasa
População: 6 milhões de Tibetanos e um número indeterminado de Chineses, a maioria dos quais vive em Kham e Amdo
Religião: Budismo Tibetano ou Vajrayana, praticado por 99% da população Tibetana
Animais: yak (espécie de jumento), ovelhas do tipo Bharal (azul), Musk deer (veado), antílope tibetano, gazela tibetana, Kyang (jumento selvagem)
Principais Prblemas Ambientais: desmatamento rampante desertificação, poluição das nascentes dos grandes rios asiáticos,
Altitude média: 14,000 pés
Mountanha mais alta: Chomo Langma (Mt. Everest) 29,028 pés
Temperatura: Julho 58º F; Janeiro 24º F
Reservas Minerais: Borax, urânio, ferro, cromo, ouro
Rios: Mekong, Yangtse, Salween, Tsangpo, Yellow, Indus, Karnali
Economia: predominantemente agricultura de subsistência e pasto
Divisões geográficas: o imenso território tibetano é dividido nas seguintes províncias ou regiões: U-Tsang (Tibete Central), Amdo (Nordeste), Kham (Sudeste)
Fronteiras: Índia, Nepal, Butão, Burma, China
Political Leader: Prime minister Dr. Lobsang Sangey, in exile in Dharamsala, Índia
Relação com A República Popular da China: Colonial
Estatos legal: TERRITÓRIO OCUPADO pela China desde 1950
Capital: Lasa
População: 6 milhões de Tibetanos e um número indeterminado de Chineses, a maioria dos quais vive em Kham e Amdo
Religião: Budismo Tibetano ou Vajrayana, praticado por 99% da população Tibetana
Animais: yak (espécie de jumento), ovelhas do tipo Bharal (azul), Musk deer (veado), antílope tibetano, gazela tibetana, Kyang (jumento selvagem)
Principais Prblemas Ambientais: desmatamento rampante desertificação, poluição das nascentes dos grandes rios asiáticos,
Altitude média: 14,000 pés
Mountanha mais alta: Chomo Langma (Mt. Everest) 29,028 pés
Temperatura: Julho 58º F; Janeiro 24º F
Reservas Minerais: Borax, urânio, ferro, cromo, ouro
Rios: Mekong, Yangtse, Salween, Tsangpo, Yellow, Indus, Karnali
Economia: predominantemente agricultura de subsistência e pasto
Divisões geográficas: o imenso território tibetano é dividido nas seguintes províncias ou regiões: U-Tsang (Tibete Central), Amdo (Nordeste), Kham (Sudeste)
Fronteiras: Índia, Nepal, Butão, Burma, China
Political Leader: Prime minister Dr. Lobsang Sangey, in exile in Dharamsala, Índia
Relação com A República Popular da China: Colonial
Estatos legal: TERRITÓRIO OCUPADO pela China desde 1950
- Mapa: (fonte)
- Bandeira: